Um dos grandes atrativos da visita ao Parque Nacional Cabo Polonio, em Rocha, ao leste do Uruguay, é a avistagem de uma grande colônia de lobos marinhos em seu habitat natural. Eles ficam nas rochas próximas ao Farol de Cabo Polonio, e em época de parto as fêmeas se resguardam com suas crias nas ilhas próximas.
Os lobos tem estado ali desde épocas remotas, talvez desde o pleistoceno (há um milhão de anos), como parecem indicar os restos encontrados. Os índios provavelmente utilizaram seus couros como vestimenta e se alimentaram com sua carne. Nas áreas costeiras próximas aos rebanhos de lobos foi encontrado um tipo raspador de grande tamanho, que não fabricavam os indígenas de outras áreas, e que pode ter servido para esfolar lobos marinhos.
Época de reprodução e cria
Ao final de dezembro os machos formam arens com grupos de uma a quinze fêmeas. Mediante rápidos movimentos até seus limites, e se é necessário a empurrões ou mordidas, defendem seu terrritório. Os que não formam pares se reúnem em grupo e os mais jovens dedicam-se a proteger as atividades reprodutoras dos adultos.
Na época de cria (meses de verão), as colonias são sumamente ruidosas. Mães e filhos reconhecem-se pelos sons que emitem.
Os rebanhos uruguaios estão formados por duas espécies que convivem em harmonia: o lobo-marinho-escuro (ou lobo fino), e o leão-marinho-do-sul (lobo ordinário ou leão marinho).
Lobo-marinho-escuro
O Lobo-marinho-escuro é formado de uma capa exterior do tipo da cerda e outra mais profunda de um pelo mais suave. O macho é cinza e tem uma pequena juba. Pode alcançar a dois metros de altura e pesar até 140 quilos. A fêmea é menor em tamanho e em peso.
Leão-marinho-do-sul
O leão-marinho-do-sul tem uma capa única de pelo rigido e bastante aspero. O macho se distingue por sua juba que tem garantido-lhe o apelido de ¨peruca¨. É de maior tamanho que o lobo de dois pelos, os machos medem por volta de 2,50 metros e pesam até 340 quilogramas. As fêmeas, entretanto, chegam aos dois metros e 140 quilogramas de peso.